Dia 2 – Casablanca

Casablanca

Hoje decidi por um roteiro para o Marrocos. Que, como tudo numa viagem dessas, pode mudar completamente antes que o dia termine. Bom, mas até o momento, a idéia é a seguinte: vou ficar em Casablanca até esta segunda-feira, quando pego um trem para Marrakech. Lá, pretendo checar a possibilidade de fazer uma excursão até os Montes Atlas, cadeia de montanhas na área central do País.

A entrada da Medina

Depois será a vez de embarcar para Ouazazarte, Fez, Meknes, Tanger e finalmente a capital Rabat, de onde devo ir para a Tunísia. Hoje fui informado de que realmente não é possível conseguir um visto de turismo para a Argélia, então vou ter que pular o país. Isso é ruim por dois motivos: o primeiro é que vou deixar de conhecer a Argélia, e o segundo é que terei de comprar uma passagem de avião para chegar até Tunis. Eu estava planejando ter de fazer isso somente quando fosse de Tunis até o Egito, já que nao é possível visitar a Líbia. Mas tudo bem, dessa forma posso incluir outro país no lugar da Argélia.

A enorme mesquita

Passei boa parte da manhã procurando por um guia turístico do Marrocos, mas não consegui e acabei comprando um no albergue mesmo (R$ 25 por um Lonely Planet usado). A tarde, fui conhecer a Mesquita Hassan II, a maior do país com 90 mil metros quadrados, atrás apenas da Mesquita do Profeta (400 mil metros quadrados) e da Grande Mesquita de Meca (356 mil metros quadrados), ambas na Arábia Saudita. Cerca de 25 mil fiéis podem orar ao mesmo tempo no interior da mesquita marroquina, além de outros 80 mil na área exterior (só para efeito de comparação, a Grande Mesquita de Meca comporta 1,3 milhão de fiéis e a Mesquita do Profeta, uns 650 mil).

Fechado para não-muçulmanos

Como estamos numa sexta-feira, dia reservado aos muculmanos, não pude entrar na mesquita, mas isso fica para amanhã. Mas por fora ela é espetacular, imponente, localizada de frente para uma enorme praça e de costas para o Oceano Atlantico. Eu cheguei na mesquita por volta das 13h, quando os milhares de fiéis começavam a sair de seu interior. E foi preciso uns 20 minutos para que o local fosse esvaziado. E, é bom lembrar, hoje é um dia de trabalho normal, e boa parte das pessoas que estavam lá teve de sair do trabalho para orar em nome de Alá.

A mesquita possui uma grande torre e é toda adornada com mosaicos verdes, cor que também decora o telhado do salão principal. Em toda a sua volta é possivel ver fontes (que hoje estavam deligadas) e as portas são enormes, negras, feitas de algo que parece ser aço). Mesmo com centenas de turistas que chegaram de onibus apos o final da oração, toda a praça em volta da mesquita parecia vazia.

Depois fui andar no calçadão que corre junto ao mar mas que fica em um nível bem mais elevado que a água. Aliás, nesse ponto não há praia, já que as ondas se chocam fortemente contra escarpas de pedra. Em todo o caminho pode-se ver casais namorando discretamente, sem nem mesmo dar as mãos. Mas esse calçadão não tem muitas atrações, é basicamente uma grande avenida de frente para o mar. Mas valeu pela caminhada.

Bom, a aventura do dia foi o banho. Ontem não havia água quente no banheiro masculino, e como a temperatura local náo permitiu que eu sequer pensasse em tomar banho frio, usei o banheiro feminino. Mas hoje a água quente aparentemente acabou em todo o albergue. A solução foi pagar 11 dirhans usar uma casa de banhos aqui ao lado. Nada que lembrasse elegantes banhos turcos ou romanos, mas limpo e com bastante água quente. Acho que vou adotar esse local, ja que a coisa aqui no albergue não deve mudar tão cedo.

Abaixo, algumas fotos do dia.

Saída das orações

Mosaicos marroquinos