Publicado por: Flávio Simonetti | 28 novembro, 2009

Camboja e o império Khmer

Após relaxar por quatro dias em 4000 Islands, no Laos, chegou a hora de seguir viagem e mudar de cenário mais uma vez. O plano era sair das ilhas na terça-feira às 8h da manhã e chegar em Siem Reap, no Camboja, por volta do meio-dia de quarta-feira. Ou seja, 28 horas de viagem!!

Pegamos um barco de Dom Kom até o pequeno vilarejo no continente e de lá uma van nos levou até a fronteira. Foi quando os nossos problemas começaram. No posto de fronteira do Laos, os guardas exigiram US$ 1 de “taxa de saída”. Quando eu pedi um recibo, eles informaram que não seria possível. Contrariados, eu e a Stela ´pagamos a taxa e cruzamos a fronteira a pé, não sem antes trocar o resto dos meus KIPs por dólares, a uma taxa exorbitante.

Ao chegarmos no lado cambojano da fronteira, passamos primeiro por um posto médico, na verdade uma tenda, para checagem da gripe suína. Após verificar os nossos passaportes e tirar nossa temperatura (a minha era 35,5 graus celsius, excelente segundo o médico), fomos informados sobre a taxa de US$ 1. Mais yuma vez pedimos um recibo, e mais uma vez ele nos foi negado.

O próximo passo foi o visto de entrada no Camboja. No posto de checagem, preenchemos os formulários e na hora de pagar a taxa de entrada (que seria de US$ 20), ficamos sabendo de um pequeno adicional de US$ 3. Nessa hora eu já estava a ponto de arranjar uma briga com algum dos guardas de fronteira, pois é claro que o meu pedido por um recibo foi seguido de sorrisos irônicos. Quandoeu estava achando que a palhaçada tinha acabado, fomos informados de que teríamos que pegar o carimbo de entrada em outro posto,e que claro, havia uma “taxa de processamento” de US$ 1 – sem recibo. Em pouco mais de 20 minutos eu fui obrigado a pagar propina para guardas de dois países diferentes, coisa que eu nunca fiz em 34 anos vivendo no Brasil.

Mas finalmente começamos a nossa viagem no Camboja. Após algumas horas por estradas poeirentas, paramos na cidade de Kratie para almoçar. Foi quando eu fiquei sabbendo que não, o ônibus não chegaria em Siem Reap ao meio-dia da quarta, mas sim às 10h da noite da terça. Apesar da óbvia vantagem de chegar 14 horas mais cedo, o fato é que chegaríamos em uma cidade estranha à noite e ainda seríamos obrigados a procurar por um hotel. Para encurtar a história, nós não chegamos em Siem Reap às 10h, mas sim à 1h30 da madrugada. Eu já estava mordendo o cotovelo de raiva, pois isso é obviamente um esquema para fazer com que os turistas sejam levados para alguns hotéis específicos, que provavelmente pagam comissão para os motoristas de tuk-tuk. Mas finalmente conseguimos nos instalar e saímos para um jantar no meio da madrugada.

Apesar de todos esse problemas iniciais, meu mau-humor passou rapidamente no dia seguinte, pois Siem Reap é uma cidade incrível, cheia de restaurantes e cafés e lotada de turistas, todoas à procura das espetaculares ruínas de Angkor, a antiga sede do império Khmer, o maior sítio arqueológico do planeta. E, realmente, Angkor rivaliza com todas as ruínas que eu visitei no Egito e em Petra.

Angkor Thom

Decidimos comprar um passe de três dias para explorarmos os principais pontos da região. No primeiro dia, visitamos as duas principais jóias do antigo império. Primeiro, rumamos para Angkor Thom, cidade fortificada que, no auge do império,pode ter abrigado até um milhão de habitantes. Lá visitamos uma série de templos cercados por florestas como o Bayon, construído pelo rei Jayavarman VII, o Baphuon, erguido pelos reis Suryavarman I e Udayadityavarman II, entre outros.

Em seguida, rumamos de Tuk Tuk para a principal e mais visitada ruína, Angkor Wat, que ainda é considerada a maior estrutura religiosa do mundo. A enorme estrutura é cercada por um enorme fosso de águas brilhantes foi construída como templo funerário para o rei Suryavarman II. A visão do enorme templo é realmente incrível, e eu, de certa maneira, experimentei sentimentos e sensações semelhantes àquelas que passei quando visitei as pirâmides do Giza ou as ruínas de Petra.

Angkor Wat

Após algumas horas passeando pelos corredores de Angkor Wat, rumamos para Phnom Bakeng, templo construído no topo de uma montanha e lugar perfeito para apreciar o pôr-do-sol. Tão perfeito que,após as 17h, o lugar fica infestado por milhares de turistas, todos disputando um espaço, tirando fotos, comendo…malditos turistas!!!

No segundo dia, acordamos às 4h30 da manhã e rumamos novamente para Angkor Wat, onde, acompanhados por mais uma horda de malditos turistas, presenciamos um incrível nascer do sol. Em seguida, visitamos 7 templos distribuídos pelo complexo,entre eles:

Prasat Kravan, pequeno templo construído em 921 DC. Ao contrário das maiores construções de Angkor, as cinco torres foram erguidas utilizando-se tijolois, e não pedras, Além disso, segundo estudos a obra não foi responsabilidade dos nobres do reino.

Banteay Kdei, um monastério budista cercado por enorme muralhas erguido pelo rei Jayavarman VII no final do século 12 DC. Próximo ao templo encontra-se Sra Sang, um lago artificial medindo 800m por 400m usado apenas pelo rei e suas esposas.

Ta Keo, construído por Jayavarman V em homenagem a Shiva, foi o primeiro templo de Angkor erguido inteiramente com arenito.

Ta Prohm

Ta Prohm, certamente um dos mais espetaculares templos de todo o complexo de Angkor (para mim, foi com certeza o ponto alto), Ta Phrom também é conhecido como o templo da floresta. O apelido vem do fato de que, ao contrário de outros templos da região, aqui a mata praticamente engoliu o templo. Atualmente, boa parte da vegetação foi removida para ajudar a preservar a construção, mas ainda é possível encontrar muitas árvores enormes que simplesmente se fundiram às paredes de Ta Phrom, criando verdadeiras esculturas feitas de pedras e raízes. Esse templo ficou mais famoso há alguns anos pois foi cenário do filme Tomb Raider.

No nosso último dia explorando Angkor, visitamos três pequenos templos na cidade de Roulos: Preah Ko, Bakong e Lolei.

Em Siem Reap, nós também visitamos o pequeno Museu das Minas Terrestres, que possui uma história interessante. Aki Ra era um garoto quando o Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, instaurou um reino de terror no país. Separado dos pais – que nunca mais veria com vida – ele foi recrutado ainda menino pelo Khmer para instalar minas em todo o país. Após alguns anos, Aki Ra se voltou contra as barbaridades cometidas pelo Khemr Vermelho e, em 1978, se juntou ao exército vietnamita quando este invadiu o Camboja.

Desde então ele vem lutando para livrar o país das minas que, em parte, ele mesmo ajudou a instalar. Acredita-se que ainda existam cerca de 6 milhões de minas no Camboja, instaladas pelos exércitos francês, americano, vietnamita e também pelo Khmer Rouge. Em mais de 30 anos de trabalho – inicialmente feito de forma completamente independente e improvisada – Aki Ra acumulou uma vasta coleção de armas, bombas, morteiros, misseis e minas terrestres que hoje integram a coleção do museu.

Atualmente, o museu também serve como lar para um grupo de 12 crianças que perderam os pais em algum dos muitos conflitos que assolaram o país nos últimos 50 anos. Conflitos que, de forma perversa, ainda continuam a matar ou ferir cerca de 30 pessoas por mês, vítimas dos explosivos que já se tornaram parte da vidas da população do Camboja.

Desde 1997, mais de 15º nações assinaram o tratado de Ottawa, que bane a produção, o estoque o uso e a venda de minas terrestres. China, Rússia, Índia e os Estados Unidos da América são os maiores países a não se jutntar ao tratado.

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Thom

Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Stellaaaaaaa!!!!!

Angkor Wat

Angkor Wat

Arte em Angkor Wat

Angkor Wat

Angkor Wat

Ta Prohm

Ta Prohm

Ta Prohm

Ta Prohm

Onde estará a Angelina?

Ta Prohm

Saca?

Abaixo, mais alguns panoramas diretamente da camera da Stelinha. Clique nas imagens para ampliar.

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Angkor

Publicado por: Flávio Simonetti | 25 novembro, 2009

Post fotográfico

Uma parada no blog nas últimas semanas…ainal de conta, a vida é dura e nós temos que trabalhar bastante…já estamos no Camboja, portanto esse será um post curto sobre nossos dois últimos destinos no Laos.

Pakse é uma cidade no sul do país. Fomos até lá para conhecer o planalto de Bolaven. Mais um passeio de moto,claro (estanmos viciados), para conhecer as plantações do famoso café Lao. No mesmo dia, visitamos três cachoeiras incríveis:, entre elas Tad Fane, com mais de 130 metros de altura!

Nosso último destino no Laos foi o arquipélago de 4000 Islands, bem ao sul do país. Foram 4 dias de ócio quase absoluto, andando pelo vilarejo da ilha de Don Kon, comendo em restaurantes à beira do rio Mekong, jogando baralho e planejando nossa primeira parada no Camboja, a cidade de Siam Reap e as ruínas de Angkor. Mas isso fica para o próximo post.

Bolaven Plateau

Cafezinho?

Chazinho?

Bolaven Plateau

Mu?

Muuu?

Bolaven Plateau

Bolaven Plateau

Porrada!

Tad Fan

Secando o café

Motoqueira

4000 Islands

Levando os animaizinhos para passear

Meu pintinho amarelinho, tá aqui na minha mão...

Esse é o estado da educação comunista!!!

4000 Islands

Os menus locais vem acompanhados de clássicos da poesia universal...

Búfalo albino!

Publicado por: Flávio Simonetti | 18 novembro, 2009

The Loop

A história deste post começou logo que eu cheguei na Tailândia. Circula aqui pelo sudeste asiático uma revista gratuita chamada SEA Backpackers, voltada para mochileiros. Logo nos meus primeiros dias em Bangkok, eu peguei uma cópia em uma agência de viagens e, no meio das inevitáveis matérias sobre baladas em Koh Phangan e dicas de saúde, havia um texto de 4 páginas, muito mal escrito, sobre o Loop, uma viagem de moto pelo interior do Laos.

Num primeiro momento, não me interessei muito pela idéia, pois nunca curti muito andar de moto. Mas logo que cheguei em koh Tao, disposto a fazer o maior número de mergulhos possível, decidi alugar uma scooter para poder percorrer a ilha sem pagar as exorbitantes taxas dos taxis locais. E, é claro, fiquei viciado nisso. Mas ainda assim estava na dúvida se faria ou não o Loop, pois achava que precisava de uma companhia.

Quando comecei a viajar com a Stela, comentei por alto sobre o passeio e, para minha surpresa, ela ficou animadíssima e topou na hora. Nas próximas semanas, em todas as cidades pelas quais passávamos, alugamos motos – primeiro automáticas e depois manuais – e fizemos diversos passeios, uma forma de ‘treinamento’ para os quatro dias em que iríamos nos perder pelo interior do Laos.

Quando chegamos em Vientiane, começamos a comprar alguns equipamentos para a aventura. Finalmente, no dia 5 de novembro, pegamos um ônibus para a pequena cidade de Tha Khek, e nos hospedamos no Travel Lodge, hotel que serve de base para todos os ‘Loopers’. Lá, os viajantes podem consultar o lendário Loop Log Book, uma série de cadernos com milhares de relatos e dicas deixadas por motoqueiros que há anos vêm fazendo a mesma viagem.

No hotel também fica o escritório do Mr. Ku (sem gracinhas, por favor), que aluga as temidas motos genéricas, já elas não tem identidade definida. Motores chineses, chasis coreanos, adesivos honda…no Log Book, diversos relatos afirmam que as motos do Mr. Ku são as melhores da cidade, não quebram e aguentam o tranco. Já outros turistas não se mostram tão confiantes, e não faltam histórias de terror sobre amortecedores quebrados, motores fundidos e pneus estourados. Decidimos então optar pela solução mais preguiçosa e conveniente: alugar as motos do homem e torcer pelo melhor.

DIA 1
Sábado, 7 de novembro de 2009

Eu e as nossas possantes

O primeiro dia da viagem começou comigo correndo por Tha Khek às 7h30 da manhã, procurando uma loja que vendesse cartões de memória para máquinas fotográficas, pois na véspera eu descobri que um vírus havia infectado o meu cartão e todas as minhas fotos de Vang Vieng e Vientiane estão, até o momento, inacessíveis. Após resolver esse pequeno problema, pegamos as motos, enchemos os tanques e caímos na estrada.

Na primeira perna do percurso, decidimos ir de Tha Khek até a cidade de Yommalat, onde pararíamos para almoçar. No caminho, a idéia era explorar três cavernas e nadar num lago. Mais fácil falar do que fazer. Perdemos a entrada da Buddha Cave e decidimos seguir por mais alguns quilômetros até a caverna de Xien Lab. Ali o problema foi outro: ficamos cerca de 40 minutos procurando a entrada da caverna, mas não encontramos nada. Em seguida, rumamos para a lagoa Falang, e dessa vez acertamos. O lugar é lindíssimo e não havia ninguém por perto.

Como ainda tínhamos mais duas cavernas para encontrar, nadamos por cerca de meia hora e voltamos para o asfalto. Mas, novamente, nossa sorte não ajudou. Encontramos uma caverna que estava coberta de lama, impedindo a nossa entrada. A essa altura, achamos melhor pular a caverna de Nang Aen, a única que possuía uma indicação clara de entrada na estrada, mas que é paga.

Paisagens impressionantes

Apesar desses pequenos problemas, o início da viagem foi ótimo, pois a paisagem da região é absolutamente fantástica, com enormes montanhas, e a estrada de asfalto estava em ótimas condições e com pouquíssimo movimento. Chegamos em Yommalat por volta das 14h e encontramos um pequeno restaurante que servia apenas um prato: sopa de macarrão com carne de proco, frango, carne de vaca e lula!

Com o cansaço e a excitação do primeiro dia, acabamos ficando no restaurante por uma hora e meia, e ainda tínhamos cerca de 30 quilômetros para percorrer até a cidade de Nakay, onde planejávamos ficar. No início, a estrada asfaltada subiu pelas montanhas da região, mas assim que atingimos o topo, o asfalto deu lugar à terra, o que exigiu que diminuíssemos a velocidade e redobrássemos a atenção. Mas o cenário ficou ainda mais incrível e apenas alguns caminhões cruzavam o nosso caminho.

Chegamos em Nakay por volta das 16h30, com os tanques quase vazios, e o que encontramos se assemelhava muito à uma cidade de faroeste, e não das mais atraentes. Decidimos então seguir por mais 17 quilômetros até Tha Long, por uma estrada que sabíamos ser bem ruim. Em uma hora cruzamos com pouquíssimos veículos e finalmente, às 17h30, com o sol desparecendo por detrás das montanhas, chegamos à guesthouse – e não havia luz elétrica na cidade! Mas foi ótimo e às 19h comemos uma das mais simples e deliciosas refeições aqui do Laos, frango frito e arroz.

Nada mal para o primeiro dia de dois motoqueiros pregos.

DIA 2
Domingo, 8 de novembro de 2009

Amanhecer na estrada

Às 8 horas da manhã a conta do hotel já havia sido paga e os tanques das possantes já estavam cheios. O trecho entre Tha Long e Lak Sao é considerado por todos os loopers o mais terrível, e alguns relatos no logbook do hotel de Tha Khek dão a impressão de que a tarefa de percorrer os 54 quilômetros que separam as duas cidades é quase impossível. E realmente, essa foi a pior estrada que pegamos, com um buraco atrás do outro, muita poeira e quase nenhum vilarejo. Mas, novamente, o cenário é fantástico, desta vez por dentro de matas mais fechadas.

O descanso da motoqueira

Paramos diversas vezes para tirar fotos e, precisamente ao meio-dia, chegamos em Lak Sao para o almoço. E, honestamente, um pouco surpresos. Nós estávamos esperando condições muito piores, mas o que encontramos foi uma estrada difícil para motos, mas bastou um pouco de cuidado para chegarmos a salvo no nosso primeiro destino. Almoçamos em um restaurante vietnamita e depois seguimos por mais 63 quilômetros em uma estrada asfaltada, serra abaixo, até o vilarejo de Nahim, onde passamos nossa segunda noite e comemoramos o grande feito com muita cerveja e jogando cartas até altas horas da noite (9h30, para ser mais exato).

DIA 3
Segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A caminho da caverna

O terceiro dia do Loop é normalmente o mais aguardado. Saímos de Nahim por volta das 11h da manhã e em pouco mais de duas horas e meia vencemos os 53 quilômetros até a caverna de Kong Lo. Descoberta no século 20 e totalmente explorada apenas nos anos 1990, a caverna é uma das principais maravilhas naturais do Laos. São 7,5 quilômetros que podem ser percorridos de barco, pois um rio percorre toda a extensão da caverna.

O passeio é impressionante. Logo no início é possível ter uma vaga idéia das dimensões da caverna, que em alguns pontos chega a ter cerca de 100 metros de largura e mais de 50 de altura. E mesmo com quatro lanternas – duas dos barqueiros, a minha e a da Stela – a escuridão é quase total.

A entrada de Kong Lo

No início, o barqueiro encosta em uma das margens do rio subterrâneo para que possamos apreciar as incríveis estalactites e estalagmites da caverna. Um sistema de iluminação instalado em 2008 por uma ONG francesa permite que os turistas vejam melhor as formações rochosas. Aos mais preocupados, um aviso: a luz só é ligada quando há alguém visitando o lugar.

Depois de cerca de uma hora de viagem, chegamos à outra ponta do rio e, pouco mais de 40 minutos depois, fizemos o percurso de volta, cruzando com alguns barcos de turistas e outros tranportando a população local e produtos como caixas de cerveja e motocicletas! Após o passeio, decidimos nos hospedar em uma guesthouse no vilarejo de Kong Lo localizada em frente à uma cadeia de montanhas e a uma plantação de arroz. Novamente, comemoramos o dia com muita cerveja, dessa vez na companhia de outros loopers que se hospedaram no mesmo hotel.

DIA 4
Terça-feira, 10 de novembro de 2009

O lendário Logbook

O último dia do Loop é o mais enfadonho. São quase 200 quilômetros entre Nahim e Tha Khek, e levamos quase todo o dia para percorrer o caminho. E, quando estávamos a apenas 10 quilômetros de Tha Khek, sofremos a primeira – e única – pane motora, um pneu furado na minha moto. No fim, exaustos e sujos, chegamos ao nosso destino e trocamos experiências com outros mochileiros que iriam iniciar a viagem no dia seguinte. E, claro, deixamos o nosso relato no logbook do hotel, em português e inglês.

Abaixo, mais fotos e um pequeno vídeo da aventura.

DIA 1

Início da jornada

Tha Falang

Tha Falang

Perdidos nas cavernas

Mercado local

Tempero Lao

Exemplos da culinária do Laos

Búfalos fazendo o Loop?

Stelinha

A caminho de Yommalat

Hmmmm....

Stelinha e o staff do restaurante de um prato só

DIA 2

Acordar cedo e pegar a estrada...ô vida dura!

The Loop

Fazendo um carreto

The Loop

Comendo poeira 1

Comendo poeira 2

Indecifrável

DIA 3

The Loop

A estrela solitária

Em ótima companhia

The Loop

A entrada da caverna

Se a canoa não virar...

Kong Lo

The Loop

The Loop

A vista que tínhamos do nosso hotel!

Fim de mais um dia

DIA 4

The Loop Logbook

The Loop Logbook

The Loop Logbook

The Loop Logbook

The Loop Logbook

Abaixo, algumas fotos panorâmicas diretamente da câmera da Stelinha:

The Loop

The Loop

The Loop

Visões?

The Loop

Veja um pequeno vídeo dessa aventura (clique na imagem para abrir)

Clique na imagem para abrir o vídeo

Publicado por: Flávio Simonetti | 14 novembro, 2009

Baladas comunistas

Infelizmente esse texto virá acompanhado de poucas imagens. A minha câmera foi infectada por um vírus e provavelmente eu perdi todas as minhas fotos de Vang Vieng e Vientiane. Se eu conseguir recuperá-las, republico o post com as imagens. E para vocês que estão lendo esse blog, uma pergunta: que tipo de idiota perde tempo desenvolvendo um vírus para cartões de memória de máquinas fotográficas?

Depois que saímos da linda Luang Prabang, fomos direto para Vang Vieng, a capital da curtição do Laos. A cidade é conhecida pelo ‘tubing’, o nosso popular boiacross. E a cidade é muito diferente das demais que visitamos aqui. O Laos ainda vive sob lei marcial, e há um toque de recolher em todo o país. À meia-noite, tudo fecha: restaurantes, bares, lojas…mas não em Vang Vieng. Por lá as coisas são mais ‘relaxadas’. A maior parte do comércio também vira abóbora depois das 12 badaladas do relógio, mas alguns pontos estrategicamente localizados em áreas mais isoladas da cidade atraem os turistas madrugada a dentro. Na verdade, Vang Vieng é muito parecida com a Tailândia, atraindo o mesmo tipo de viajantes.

O tubing é feito no rio Song. Após alugarmos as bóias, fomos levados até o ponto de entrada do rio para o início da festa. Sim, festa, pois a descida é feita ao som de muita música e regada a doses descomunais de cerveja, Lao Lao (whiskey de arroz, mais potente que combustível de avião) e outras substâncias de uso controlado ou ilegal. (Tecla SAP familiar ON) Nós,é claro, tomamos apenas suco de uva durante a balada (tecla SAP familiar OFF).

Nas duas margens do rio, bares oferecem, além de bebida e comida, diversas atrações como quadras de vôlei na lama, mesas de ping-pong feitas de portas velhas, plataformas de mergulho de diversas alturas, ‘swings’, tirolesas e escorregadores enormes. (Tecla SAP familiar ON) Nós,obviamente, decidimos não nos juntar à turba de selvagens e assistimos tudo com redobrado interesse antropológico (tecla SAP familiar OFF).

Em Vang Vieng, eu e a Stela também visitamos a caverna Phu Kham e a Lagoa Azul (não encontramos a Brooke Shields), e em seguida rumamos para Vientiane.

A capital do Laos é uma cidade pequena e pacata, e durante nossa estada visitamos alguns pontos turísticos, como o Patuxai, ou Arco do Triunfo em Lao, um presente do governo chinês, e o Museu Nacional do Laos, que conta a história do país desde os tempos dos homens das cavernas até a revolução que, nos anos 1970, levou os comunistas ao poder. Não faltam referências aos imperialistas americanos, hoje presentes em toda a nação na forma de garrafas de refrigerantes, caminhonetes de cabine dupla e grifes internacionais.

Abaixo, algumas fotos de Vientiane diretamente da Câmera da Stelinha.

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Vientiane

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Vientiane

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Opa!

Publicado por: Flávio Simonetti | 29 outubro, 2009

República Democrática Popular do Laos

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Luang Prabang

Cruzar a fronteira entre a Tailândia e o Laos foi muito fácil. Apenas 2 minutos de barco para cruzar o rio Mekong e uma rápida passagem pela imigração. Ficamos apenas uma noite na cidade de Huay Xia e no dia seguinte rumamos para Luang Prabang. Mas desta vez a viagem não foi nada tranquila. A maioria dos turistas que viajam entre essas duas cidades preferem pegar um barco pelo Mekong, num percurso que dura 2 dias. Mas, para economizar tempo e dinheiro, eu e a Stela decidimos fazer o percurso de ônibus. Péssima Escolha.

Tomamos um ônibus VIP, com ar-condicionado. A disposição dos assentos era a mesma dos ônibus leito no Brasil, uma fileira com duas poltronas e uma fileira com uma poltrona. Mas o espaço para as pernas era praticamente inexistente, e sentamos inicialmente no fundo do veículo, embaixo do ar-condicionado que, em menos de uma hora, começou a “vazar” água, basicamente uma cachoeira descendo por todoas os lados. Mas essa não foi a parte mais emocionante da viagem noturna de 14 horas. Durante todo esse tempo aprendemos que a estrada entre Huay Xia e Luang Prabang é na verdade um enorme buraco cercado de asfalto em alguns pontos. Fomos jogados de um lado para o outro e dormir se mostrou uma tarefa quase impossível.

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Rio Mekong

Luang Prabang é uma cidade linda, à beira do Mekong, que já foi acapital do Laos, e que preserva até hoje a influência arquitetônica dos anos de colonização francesa. O centro da cidade é coalhado de casas em estilo francês. Atualmente, na grande maioria dessas casas funcionam hotéis, restaurantes e lojas.

Uma das primeiras curiosidades que notamos ao chegar no país foi a moeda local, o kip. Como 1 dólar equivale a mais de 8.400 kips, e a maior cédula é a de 20 mil kips, sacar dinheiro em um caixa eletrônico significa andar com os bolsos abarrotados de notas. Abaixo vocês verão eu e a Stela segurando o equivalente apouco mais de 100 dólares em moeda local.

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Caverna de Pak Ou

Fizemos um passeio de barco pela região, e visitamos lugares como a Whiskey Village, pequeno vilarejo que produz Uísque de arroz, em várias versões, algumas mais doces e outras fortes como a cachaça brasileira. Depois visitamos a caverna de Pak Ou, que é usada pelos habitantes locais como local de orações e que reúne mais de 4 mil imagens de Buda. De lá fomos até uma cachoeira para relaxar e fugir do calor. Mas nossos dias têm sido dedicados ao ócio, andando pelas ruas de Luang Prabang e comendo em pequenos restaurantes e na beira do Mekong. Nossa próxima parada será em Vang Vieng.

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Passeio pelo Mekong. Clique na imagem para ver o vídeo.

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Hmmmmmm!!!

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Eca!!!!!!

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Em Luang Prabang

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Mekong

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Mekong

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Whiskey Village

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Whiskey Village

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Mekong

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Mekong

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Mekong

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Caverna de Pak Ou

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Caverna de Pak Ou

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Caverna de Pak Ou

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Refeição prestes a ser devorada

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Hmmmm....

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Ricaços!

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Luang Prabang

Luang Prabang

Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Luang Prabang

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Stela em Luang Prabang

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